Voluntários que não medem esforços para auxiliar o próximo
No ano de 1980, mais precisamente no dia 20 de julho, o estado da Bahia passou a ser cenário e seus habitantes testemunhas do crescimento da Universal.
Neste dia, o bispo Paulo Roberto Guimarães, na época pastor, auxiliado
pelo pastor Honorilton Gonçalves, hoje também bispo e responsável pelo
trabalho da Igreja no estado, dirigiu o culto de inauguração do primeiro
templo da Universal na Bahia, localizado na Rua do Tijolo, nº 2, no
subsolo de edifício Themis, no Centro de Salvador.
Muitas pessoas que compareceram na
reunião de inauguração atenderam ao convite feito pelos pastores por um
programa de tevê, que era retransmitido dos estúdios da TV Bandeirantes, em São Paulo,
e por meio de panfletos e cartazes que foram distribuídos pelas ruas da
capital baiana. O novo templo não possuía conforto para os
participantes. Não havia assentos para as pessoas se acomodarem – elas
tinham que assistir ao culto de pé –, só havia um banheiro para ser
usado por homens e mulheres e, por ser subsolo, a ventilação era
insuficiente.
Entre aquelas pessoas estava uma senhora
de 67 anos, que sentia uma inexplicável tristeza. Mas, logo após a
oração, toda a angústia foi embora e ela passou a frequentar aquele
templo quase todos os dias. Naquele mesmo ano, Maria Rosa Silva (foto ao lado)
se tornou obreira da Universal. A alegria dela era ajudar as pessoas,
contribuir com a limpeza do local e fazer algo que lhe dava muito
prazer: o almoço dos jovens pastores. Dona Maria – como é carinhosamente
chamada – cozinhava e vendia quentinhas (em alguns lugares conhecida
como marmitex), então, ela separava o alimento para servir aos
evangelistas.
Em de julho de 2013, ela completou 100
anos de idade. Com simpatia e serenidade, há 33 anos vestindo o uniforme
de obreira, que já foi renovado algumas vezes, ela lembra que um dos
momentos mais marcantes que viveu na Universal foi a prisão do bispo Edir Macedo.
“Aquela situação me revoltou. Eu logo
clamei a Deus por justiça em favor do meu bispo. Eu vi tanta gente
mudando de vida por meio do trabalho que fazia na Igreja. Como ele
poderia ficar atrás de grades, em uma prisão? Mas Deus o libertou, e
acredito que ele saiu de lá mais forte, e nós também”, diz dona Maria.
Mesmo com um século de vida, a
satisfação da obreira é servir. Ela atende as pessoas na igreja e, após a
reunião de domingo, faz questão de chamar os obreiros que são
voluntários com ela para almoçar na casa dela. “Gosto de contribuir, de
fazer parte desse trabalho. Confio em Deus. Ele tem me mantido viva. Ao
meu Senhor dedico toda a minha vida e gratidão.”
Dona Maria é a obreira com mais idade
entre o grupo de voluntários formado por cerca de 16 mil e 700 obreiros
na Bahia. Como ela, existem pessoas que acreditam que o trabalho
voluntário é um privilégio.
Quase
o tempo que dona Maria tem de obreira, a secretária executiva Wilma
Leite tem de vida. Aos 32 anos, ela está há 12 como obreira. Em abril de
2007, Wilma foi consagrada com outros companheiros no altar da igreja e
recebeu um diploma simbólico (foto ao lado, com o
bispo Sergio Corrêa, responsável pelos obreiros da Universal), para
lembrar a data. “Só o fato de pensar que estou aqui colaborando de
alguma forma para a divulgação da Palavra de Deus, ajudando outras
pessoas a conhecerem o caminho do Senhor Jesus, é algo grandioso. Pois
sou tão pequena diante da absoluta grandeza de Deus e estou aqui
servindo a Ele, me colocando a disposição”, afirma Wilma.
Sem limites
Mais que uma ação voluntária, o trabalho
do obreiro simboliza o amor à propagação do Evangelho de Jesus Cristo e
a tudo que envolve tal propósito. Representa amor e respeito ao
próximo, sem nada esperar receber em troca. O resultado é a alegria de
fazer parte da transformação positiva, da superação e do crescimento de
pessoas com as quais esses voluntários não possuem vínculo algum.
Muitos obreiros da Universal começaram a
se dedicar ao trabalho voluntário por sentirem o desejo de reproduzir o
mesmo afeto e atenção que receberam um dia. Alguns deles se sentiram
adotados e adotaram a Igreja como família.
Divan
Matos de Andrade, de 43 anos, é obreiro da Universal desde 1983. Ele
está casado há 6 anos com a obreira Daniela Lopes Fróes de Andrade, de
33 (os dois na foto ao lado). Desde 2004, ela também é obreira. O casal, portador de nanismo, representa que a Universal é exemplo de respeito às diferenças.
A baixa estatura e os braços e pernas
curtos de Divan e Daniela não impedem o trabalho voluntário. “Decidi ser
obreiro pela vontade de ajudar as outras pessoas. Jesus trouxe a paz e a
alegria que eu não tinha. É muito gostoso fazer a Obra de Deus”,
ressalta Divan.
publicado em 30/12/2013 às 08:30.
Texto e fotos: Ticiana Bitencourt redacao@universal.org.br